Avançar para o conteúdo principal

UniEVANGÉLICA: um sonho de cinco décadas em busca da universidade

 


 

Na próxima segunda-feira, 31/05, Anápolis terá mais um marco importante na sua história. Mais especificamente, um marco memorável para o setor de educação superior que, ao longo de várias e várias décadas, tem contribuído na formação de profissionais em várias áreas do conhecimento. E, mais do que isso, formando cidadãos com compromisso de edificar uma sociedade melhor para a atual e as futuras gerações.

O 31 de maio de 2021 será, portanto, mais uma data a figurar com destaque no calendário do Município, com a transformação da UniEVANGÉLICA em Universidade.

Um caminho longo e difícil precisou ser atravessado para se chegar a esse momento.

E, como ocorre na maioria das vezes, toda realização começa com um sonho. E este sonho começou lá em meados da década de 1930, quando o médico e missionário evangélico inglês James Fanstone recebeu em Anápolis - onde já estava radicado com a sua esposa Daisy - o também missionário, porém, americano, Arthur Wesley Archibald, com sua esposa Mildred Anna Archibald e filhos.

Essa história é contada com riqueza de detalhes no livro: AEE- Meio Século Formando Gerações- do saudoso escritor e diretor-fundador da Faculdade de Direito de Anápolis (FADA), Olímpio Ferreira Sobrinho.

Consta que, no início de 1947, o Reverendo Wesley Archibald adquiriu o controle do complexo educacional Couto Magalhães, recebendo do professor Antônio de Oliveira Brasil “todo o acervo material e espiritual daquela instituição”, destaca o livro.

Logo em seguida, começou a trabalhar na elaboração do estatuto de uma associação que reunisse lideranças evangélicas de Anápolis, dentro do propósito educacional.

No dia 31 de março de 1947, segundo narrou o historiador Olímpio Ferreira Sobrinho, nove membros fundadores da Associação Educativa Evangélica assinaram o livro de ata da assembleia aprovando o estatuto da entidade.

Foram signatários do documento: Antônio de Oliveira Brasil, Archibald Tipple, Arthur Wesley Archibald, Daisy Fanstone, James Fanstone, Newton Wiederhecker, Nicola Aversari, Severino Araújo, William B. Forsyth.

Daí para frente, surgiram vários projetos. Em 1960, implantou-se a Faculdade de Filosofia “Bernardo Sayão”; no ano de 1968, a Faculdade de Direito de Anápolis (FADA); em 1970, a Faculdade de Odontologia “João Prudente”. Isso, para ficar nos cursos pioneiros, sem contar outros vários cursos que surgiram depois, dentre eles, o sonhado curso de medicina, implantado há 12 anos.

Uma caminhada longa, porém, rica e produtiva de uma instituição de ensino cuja história se mistura com a história de Anápolis e de Goiás. De uma instituição que não chegou aonde chegou, primeiro, pelos desígnios de Deus, depois, pela coragem e a determinação dos pioneiros e dos diretores que seguiram com o sonho até aqui, agora, para subir ao degrau da realização.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

    Henrique Santillo: o legado de um político que não se esgota   Claudius Brito- Matéria publicada no Jornal/Portal CONTEXTO- Não é exagero dizer que Henrique Santillo foi um dos políticos da melhor envergadura que não só Anápolis e Goiás tiveram, mas o Brasil. Não, apenas, pelo fato de ter ocupado vários cargos públicos, nos níveis municipal, estadual e federal. Mas, sobretudo, pela humildade, o zelo com a coisa pública e com a honestidade, que o marcaram numa trajetória que merece um lugar especial nos livros de história. Até hoje, ainda surge muita coisa do legado deixado por Henrique Santillo, que faleceu no dia 25 de junho de 2002, portanto, há 20 anos. Há poucos dias, uma campanha de resgate à história, realizada pela Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), trouxe à tona uma de muitas ações que marcaram a carreira de Henrique Santillo e que pouca gente conhece. A sua visão e participação num momento importante para Goiás, que foi a divisão do Estado, c...

Pirraça, o bar!

      As cidades têm lugares marcantes: pode ser uma praça, um lago, um bosque, uma construção antiga, um grande arranha-céu ou, então, um bar. Em Anápolis, este lugar especial se chamava Pirraça. O bar funcionou por mais de 20 anos na esquina da Praça Dom Emanuel, no Bairro Jundiaí, tendo à frente o Seu Ronaldo, Dona Beth e os filhos: Ronaldo, Rogério, Renato e Lílian. Foram mais de duas décadas, muitas amizades e histórias.    O Pirraça tinha um charme: as árvores que faziam sombra na parte da frente onde ficam as mesas, dentro de uma espécie de cercadinho. Havia um é de caju, um de abacate e uma mangueira frondosa. Vez por outra, o abacateiro e o pé de manga “presenteavam” os fregueses com as frutas que despencavam lá de cima. Por sorte, ninguém nunca se machucou. Ainda bem que não tinha jaca. Mas, o Pirraça tinha também algumas figuras ímpares, como os garçons Itamar e Baiano.   O primeiro com uma cara mais séria, e o baiano, ...

O vovô de Anápolis!

Toda cidade tem os seus personagens que, anonimamente, dão ou deram a sua contribuição para a sociedade, seja no trabalho, seja de uma forma simples demonstrando seu amor pelo local onde mora, onde tem as suas raízes. Em Anápolis, claro, não é diferente! Há muitos personagens anônimos que, de alguma forma, fazem parte de sua história. Ou, da nossa história de vida. Me reporto à Praça das Mães, nosso endereço à época de criança e pré-adolescente. A praça é o local mais democrático que uma cidade pode ter, porque ela abriga pessoas de toda cor, de todo religião, de toda bandeira política. E, falando em bandeira, essa é a história que vai aqui ser reportada. Mas, não tem nada haver com política. Tem haver, com Anápolis. E o personagem anônimo dessa história era um senhor de estatura baixa, cabelos lisos e um pouco anelado e muito, muito branco. Nunca soubemos qual era o seu nome. Assim, o apelidamos carinhosamente de “Vovô” e ele gostava da forma e como o tratávamos.    V...