Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de junho, 2019

Amigos, simplesmente!

Na vida, colecionamos muitas amizades, muitos momentos que, com certeza, dariam um livro. Todos temos o livro de nossa da história e o escrevemos muitas vezes sem nos darmos conta de que o fazemos, ainda que este livro seja sempre um registro de lembranças, doces lembranças, da nossa memória. Na infância, encontrei com um ser humano especial que se chamava Fúlvio, de uma tradicional família. O pai era um médico conceituado e dono de um hospital. A mãe, pelo que consta, era dona de casa muito dedicada e...brava! Mas, voltando ao amigo, ele era acometido de uma doença- hemofilia- e esta doença impedia que ele tivesse uma locomoção normal. Na nossa infância, era eu quem quase sempre estava empurrando o skate em que o Fúlvio deslizava pela Praça das Mães nas nossas brincadeiras. E olha que o piso não era muito adequado, com pequenas pedras quadradas. Mas, isso não fazia importância, afinal, o juízo era pouco. Quando o tempo estava bom (o clima e a paciência da mãe do Fúlvio),

A praça era do povo – Parte II

A Praça das Mães, durante muitos domingos, era frequentada por jovens e adultos que faziam uma feira espontânea de troca de gibis, uma leitura que era compartilhada por quase todos já que, na época, ainda não havia computador, internet, celular. Dá um Tio Patinhas, pega um Tex (quadrinho de cowboys muito famoso na época). Dá um Turma da Mônica, pega um Recruta Zero... era assim, mais ou menos, e a leitura da semana ficava garantida. Uma coisa simples, mas muito gostosa e saudável. Havia também, em algumas ocasiões, os concorridos concursos de pipa - ou papagaios e raias - como alguns chamavam- e, nesses dias, o céu da Praça das Mães se coloria com as obras de arte em papel, linhas e colagens que deslizavam de um lado por outro, ao sabor do vento. Infelizmente, já tinha na época a turma que gostava do mal feito e passava cerol para fazer guerra e derrubar a pipa de outro menino. Quando não havia dinheiro para montar uma pipa bem legal, a gente fazia com papel de jornal mesmo e

A praça era do povo I

Praça das Mães, número 163. Este foi, por algumas décadas, o nosso endereço. Meus pais - Edésio e Consuelo - eu, que lá cheguei ainda bebê, e os irmãos: Rosa, Márcio, Conceição, Alberto, Ailton e José (e, também, o Ismael), dividíamos os cômodos da casa, além da parentada que vinha de longe se hospedar, sobretudo, quando faziam algum tipo de tratamento nos hospitais da cidade. A nossa movimentada casa ficava na esquina de um logradouros que, à época, era considerado um dos principais cartões postais de Anápolis: a Praça das Mães. Um ponto de encontro da garotada, dos casais de namorados, das famílias. Ali, sempre havia alguém de manhã, à tarde ou à noite. Não havia medo. De fato, a praça era do povo! Havia muito espaço na Praça, calçadas de pedras, muita grama, coqueiros e pequenos jardins com muitas margaridas brancas. O gramado era cuidado com esmero por um “vigia” conhecido pelo apelido de “Pára-raio”. Justificava-se este apelido, pela velocidade que ele empreendia quand

A revitalização do Centro do Anápolis

Fenômeno que ocorre em várias cidades brasileiras de médio e grande porte, a decadência da região central é um tema que deve estar na ordem do dia dos gestores públicos e da população de uma maneira em geral. Em Anápolis, não dá para dizer que a região central está passando por esse processo. Mas, certamente, já houve tempos melhores. Porém, isso faz parte da dinâmica das cidades, uma vez que ela tende a se espalhar devido ao crescimento populacional. O Município possui bairros que, hoje, são verdadeiras cidades, como é o caso do Jundiaí e da chamada Grande Jaiara, onde as pessoas não precisam se deslocar ao centro para ir a um banco, tratar da saúde, fazer compras, enfim, suprir as necessidades que as famílias têm no dia-a-dia. Contudo, é importante pensar na região central, porque, pode-se dizer, ela é o “coração” da cidade. E este pensar deve ser uma responsabilidade compartilhada entre moradores, comerciantes, poder público. No caso de Anápolis, há que se ressaltar