Fenômeno que ocorre em várias cidades
brasileiras de médio e grande porte, a decadência da região central é um tema
que deve estar na ordem do dia dos gestores públicos e da população de uma
maneira em geral. Em Anápolis, não dá para dizer que a região central está
passando por esse processo. Mas, certamente, já houve tempos melhores. Porém,
isso faz parte da dinâmica das cidades, uma vez que ela tende a se espalhar devido
ao crescimento populacional.
O Município possui bairros que, hoje,
são verdadeiras cidades, como é o caso do Jundiaí e da chamada Grande Jaiara,
onde as pessoas não precisam se deslocar ao centro para ir a um banco, tratar
da saúde, fazer compras, enfim, suprir as necessidades que as famílias têm no
dia-a-dia.
Contudo, é importante pensar na região
central, porque, pode-se dizer, ela é o “coração” da cidade. E este pensar deve
ser uma responsabilidade compartilhada entre moradores, comerciantes, poder
público.
No caso de Anápolis, há que se
ressaltar que a cidade não nasceu planejada. Muitas ruas são estreitas, as
calçadas são disformes e muitos prédios são antigos, alguns, relegados ao
abandono ou então, viraram mercadoria de especulação imobiliária.
A revitalização do centro passa pela
organização do comércio ambulante; pelo investimento dos comerciantes nas
fachadas dos seus estabelecimentos; pela educação da população em manter limpo
e funcionando os equipamentos públicos; pela questão da segurança pública.
Soma-se a tudo isso, a necessidade de criar espaços e ações de entretenimento e
lazer nas praças, no mercado central, no antigo prédio da estação ferroviária e
até mesmo dentro do terminal de ônibus, onde as pessoas andam quase sempre
agitadas.
Revigorar o centro, embora seja um desafio
complexo, é isso aí: um somatório de esforços. Ou seja, é um trabalho de todos,
voltado para um mesmo objetivo: cuidar dessa “vitrine” de Anápolis e mantê-la
cada vez mais bonita e atrativa. Vamos pensar!
(Editorial publicado no Jornal
Contexto, Edição 726)
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