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Pátria! Amada! Brasil!!!

 


 

No jornalismo, temos a oportunidade de conhecer e acompanhar a vida de algumas pessoas ilustres. Na passagem do 7 de setembro de 2020, trago a lembrança de três personalidades que deixaram um legado importante para Anápolis, não só pelo trabalho e a trajetória de cada um, mas pelo exemplo de civismo, de cidadania e amor com a cidade.

Alguns anos atrás, frequentar o palanque no Desfile de 7 de Setembro era um privilégio para poucos. A Avenida Goiás ficava lotada para assistir a passagem dos grupamentos militares e civis, trazendo mensagens alusivas à data.

O Amador Abdalla, reconhecido pela sua luta em prol do meio ambiente, quando, ainda, não se falava muito do assunto, era um frequentador dos palanques nas datas cívicas. Mas, às vezes, era mais fácil encontrá-lo fora do palanque, perto das árvores. É que, para ter uma visão melhor do desfile, algumas crianças subiam nos galhos e lá ia o nosso ambientalista fazê-los descer. E dizia às crianças que elas deveriam cuidar das árvores, porque elas eram para a vida das próximas gerações.

Outro personagem é o Capitão Waldyr O´Dwyer, que foi integrante da Força Expedicionária Brasileira, que lutou nos campos de batalha na Itália, na Segunda Guerra Mundial.

Capitão Waldyr honrou até o último momento de sua vida a carreira militar. Participou de vários desfiles e, sempre que participava de um ato ou reunião, fazia questão de demonstrar o seu amor pelo Brasil. Empresário e classista, ele deixou um legado importante, sobretudo, na implantação e na consolidação do Senai de Anápolis. O Senai que é uma dos símbolos de coisas que deram certo no País. Tive o privilégio de trabalhar junto com o Capitão na Fieg Regional Anápolis. Escrevi um livro contando a história da entidade e lá tem um capítulo dedicado a “Um certo Capitão Waldyr”.

O terceiro e não menos importante personagem é o empresário, classista e maratonista Epaminondas Costa. Onde ele ia participar de corridas, era certo que levava consigo uma bandeira de Anápolis ou do Brasil. Além de estampar nos seus trajes, as cores da bandeira. Era um patriota.

Certa vez, fui até na sua residência para uma entrevista. Ele não gozava de boa saúde, mas queria que fizéssemos o registro no Jornal CONTEXTO, de uma homenagem que havia recebido da Ala 2 (base Aérea de Anápolis). Foi uma entrevista longa, uma vez que ele gostava de contar histórias.

Terminada a entrevista, Epaminondas me acompanhou até na porta e, antes que eu pudesse fazer a despedida, ele se adiantou e disse que, como manda as tradições militares, deveria fazer uma saudação. Eu já estava no meio da rua. Então, Epaminondas pediu que eu fizesse posição de “sentido” e que repetisse com ele: “Pátria!, Amada!, Brasil!!!”

Foi inusitado e engraçado eu ali, no meio da rua, como se fosse um militar em continência para o seu superior. Mas, foi algo que marcou a minha memória de mais um patriota de Anápolis. Temos muitos, aliás. Mas essas três pessoas foram especiais no amor com o Brasil e com Anápolis e sua gente. Então, em memória deles, repito: “Pátria! Amada! Brasil!!!”

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