Ainda
estudava em Uberaba (MG), fazendo jornalismo e, sempre que dava,
vinha para Anápolis ficar com a família e rever os amigos. Uma
dessa vindas coincidiu com o meu aniversário. No início da noite,
já preparando para sair, meu pai entra no quarto e, com certa
timidez, mas um coração gigante, me deu uma loção de barba (que
certamente era sua) e os parabéns num gesto simples, mas
inesquecível, porque ali estava um presente de grande valor, não o
produto e, sim, o gesto.
Sempre
dizemos que o nosso pai é o melhor pai do mundo. Cada um de nós tem
a sua forma de amar e agradecer. E é isso que devemos fazer:
agradecer aquele que nos criou e guiou nossos primeiros e muitos
passos depois na infância, na juventude, na fase adulta.
Meu pai,
homem simples mas de enorme sabedoria, deixou a vida que tinha com a
minha mãe, em Lizarda (TO) e veio para Anápolis, porque aqui os
filhos poderiam estudar e, como se dizia: “ser alguém na vida”.
Era, esse, o seu maior objetivo. Deu tanto de si, neste objetivo, que
todos nós nos formamos, na faculdade e, sobretudo, na vida. Tivemos
um verdadeiro professor para nos ensinar a sermos justos, honestos. E
a sua aula era prática: nos exemplos que dava no dia a dia.
Foi um
aprendizado rico, que iluminou os nossos caminhos para que nós,
também, tivéssemos nossos filhos e pudéssemos criá-los bem, com
valores. O que, hoje, é muito difícil. Mas, acho que conseguimos.
Temos uma família especial e isso devemos ao meu pai e minha mãe.
Nossos verdadeiros e grandes heróis.
Hoje meu
pai não está presente, mas a sua presença num outro plano,
continua forte entre nós. E, no dia de hoje, o que tenho nestas
poucas palavras é o maior sentimento de gratidão, ao pai da terra e
ao Pai do céu, que é quem nos olha sempre com a sua bondade
infinita. Obrigado e parabéns, pai, Pai e todos os pais!
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