O presidente da Saneago, Ricardo José
Soavinski, acompanhado de diretores da estatal, esteve em Anápolis nesta
sexta-feira, 26/04, para uma reunião com o Prefeito Roberto Naves. Neste
encontro, vários temas foram tratados, dentre eles, o contrato de concessão que
a empresa tem para operar no Município, o qual vencerá no ano de 2023 e está
sendo objeto de discussão para uma possível dilatação.
Após a reunião, houve uma coletiva à
imprensa. O Prefeito Roberto Naves informou que este foi o segundo encontro com
o novo presidente da Saneago e adiantou que, desde já, as tratativas da empresa
com o Município, “estão bem melhores”. Ele lembrou que, desde que assumiu o
cargo, vem trabalhando muito na questão do saneamento e citou que já houve
avanços, como a implantação a reversão de água do Ribeirão Capivari para o
Sistema Piancó, que é responsável pelo abastecimento de em torno de 80% do
Município. Ele lembrou que em 2017 e no ano passado, não houve falta d´água de
uma maneira generalizada. “O investimento do Capivari é para cinco anos, mas
nós temos que pensar Anápolis para 30, 50 anos”, ressaltou.
Questionado a respeito da negociação do
contrato de concessão, Roberto Naves enfatizou que é um contrato complexo e
que, no seu papel de Prefeito, está defendendo de forma veemente os interesses de
Anápolis, sendo este o motivo de até agora não ter havido uma definição, já que
as condições oferecidas, segundo afirmou, não são aquelas que o Município acha
justa para a outorga, observando que dentro desse contrato pode, por exemplo,
abarcar investimentos para a área ambiental e de saúde.
Roberto Naves frisou que, nos últimos anos, a
Saneago tem ficado com a imagem “arranhada” pela falta de maiores investimentos
em Anápolis. Mas, considera que, se houver boa vontade, a questão poderá ser
resolvida “e quem vai ganhar é a população”, disse, acrescentando que a empresa
sabe da importância que o Município tem para o seu valor de mercado.
Dentro do que vem sendo alinhavado entre a
Prefeitura e a Saneago, há um volume de recursos de R$ 500 milhões para ser aplicado
nos próximos anos, sendo que, inicialmente, há R$ 150 milhões em condições de
ser liberado rapidamente pela Caixa Econômica Federal. No entanto, para que
isso ocorra, é necessário que haja uma garantia, no caso, o contrato, que
poderá ser estendido em, até, 30 anos. Tudo ainda está na mesa de negociação.
Saneago
O presidente da empresa, Ricardo Soavinski,
começou a entrevista falando sobre a importância do encontro com o Prefeito e a
visita que ele e a sua equipe fariam a obras que já estão em andamento em
Anápolis, tanto na parte de água como de esgoto. No caso do abastecimento de
água, ele disse que os investimentos em andamento vão beneficiar em torno de 40
bairros do Município, com cerca de 40 mil ligações. E, disse também que há
obras em andamento na parte de esgotamento sanitário.
Quanto ao contrato, ele enfatizou que se
trata de um volume vultoso de investimentos a longo prazo e, por meio de
financiamento, também a longo prazo e, dessa forma, há que se chegar a uma
definição. “Estamos nos detalhes”, pontuou. Embora, também, reconhecendo a
complexidade das tratativas.
O presidente da Saneago anunciou, na
coletiva, que uma empresa especializada foi contratada para fazer um estudo
hidrológico, o qual poderá orientar os investimentos, por exemplo, se haverá,
ou não, necessidade de que seja feita a reservação de água por meio de
barragem. Uma possibilidade, até então, não considerada pelas gestões
anteriores. Segundo informou, esse estudo deve ficar pronto até o final deste
ano.
Além disso, citou que outro ponto fundamental
e que já está sendo executado, é a conservação da bacia do Piancó. Conforme
analisou, faz necessário um aporte de investimentos para tratar a água bruta.
Problema na ETE
A diretoria da Saneago afirmou que está sendo
tratada também, junto ao Ministério Público, sobre a denúncia de vazamento de
resíduos da Estação de Tratamento de Esgoto, por conta de infiltrações na
parede do lago de contenção. Porém, a empresa descarta que esse vazamento
esteja causando uma carga grande de poluição no Ribeirão das Antas. Essa
questão está sendo discutida tecnicamente.
O Judiciário,
acatando pedido de liminar do MP, deu prazo de 90 dias para que a Saneago
execute uma intervenção para resolver o problema. A empresa, conforme foi dito
na coletiva de imprensa, está demonstrando que não há dano potencial, e dessa
forma não haveria necessidade da obra. Mas, se eventualmente ela tiver de ser
realizada, terá de ser num prazo de tempo maior.
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