Nesta
terça-feira, 23/04, às 19 horas, a Câmara Municipal de Anápolis realiza sessão solene, no
plenário “Teotônio Vilela”, para prestar uma homenagem aos 47 anos da ALA 2
(antiga Base Aérea), que deve receber este ano os gigantes KC 390 fabricados
pela Embraer e, no ano que vem, deve acontecer a chegada do primeiro lote do
caça Gripen, fabricado pela Saab, da Suécia. A ALA 2, com as novas unidades
operacionais, deve se transformar uma das mais importantes unidades
operacionais da Força Aérea Brasileira. A homenagem no Legislativo é uma
iniciativa do vereador Wederson Lopes (PSC).
A
Base Aérea de Anápolis começou a ser projetada no final da década de 60.
Estudos realizados à época pelo Sistema de Defesa Aérea e Controle de Tráfego
Aéreo (Sisdacta), apontaram que o Município reunia condições necessárias -
principalmente climáticas - para a implantação da unidade da aeronáutica. A
construção do complexo aeronáutico começou em nove de fevereiro de 1972. Em
março daquele ano, na França, era realizado o primeiro voo do Mirage com o
cocar da Força Aérea Brasileira. No mês de maio, oito pilotos brasileiros foram
para Dijon participar dos treinamentos visando adaptação às aeronaves
recém-adquiridas e ficaram conhecidos como os “Dijon Boys”.
Com a vinda da Base Aérea, Anápolis foi
elevada à condição de área de interesse da Segurança Nacional. E, de acordo com
a legislação da época, não poderia eleger os seus mandatários políticos. Os
prefeitos eram indicados. Com a redemocratização do País, os anapolinos
reconquistaram o direito de eleger os seus representantes para o Executivo
Municipal.
Em 27
de março de 1973, foi realizado em Anápolis o primeiro voo do supersônico F-103
Mirage, fato que oficialmente deu início às atividades da 1ª. Ala de Defesa
Aérea (1ª. Alada). Mais tarde, ela foi transformada no 1º Grupo de Defesa Aérea
(GDA), também denominado Grupo Jaguar. Este grupo tem como missão, executar
operações de defesa aérea, como o propósito de impedir a utilização do espaço
aéreo brasileiro para a prática de atos hostis contra seu território ou
contrários aos interesses nacionais.
Olhos da Amazônia
A
partir de julho de 2002, a Base Aérea de Anápolis passou, também, a sediar o 2º
e 6º Grupo de Aviação, integrantes do Sistema de Vigilância da Amazônia
(Sivam), com as modernas aeronaves R99-A e R99-B, equipadas com radares e
equipamentos de sensoriamento remoto.
Desde
o início de 2017, a Base Aérea de Anápolis (BAAN) mudou de denominação,
passando a se chamar ALA 2. Essa mudança foi decorrente do processo de
reestruturação organizacional da Força Aérea Brasileira. Com a Portaria nº
1.362/GC3, foi criado e ativado o Terceiro Grupo de Defesa Antiaérea (3º
GDAAE), “Grupo Defensor”, com a finalidade de ser empregado na Ação de Defesa
Antiaérea. subordinado operacionalmente ao Núcleo da Brigada de Defesa
Antiaérea (NuBDAAE) e administrativamente à Base Aérea de Anápolis (BAAN),
agora ALA 2.
O
Esquadrão Carcará (1º/6º GAV), sediado em Recife (PE), foi transferido para
Anápolis. A unidade tem 65 anos de existência, atuando em ações de
reconhecimento aéreo e busca e salvamento em todas as regiões do Brasil. Operou
as lendárias aeronaves B-17, as “Fortalezas Voadoras”, o RC-130 Hércules, R-95
Bandeirantes e, na atualidade, opera o R-35A/AM Learjet, realizando missões de
reconhecimento por imagens e reconhecimento eletrônico.
Curiosidade
Anápolis
é uma das poucas cidades no mundo a ter três
aeronaves supersônicas em exposição aberta e permanente ao público. A primeira
foi implantada na Praça Americano do Brasil, na região central e, a segunda, na
entrada da Base Aérea, foi inaugurada
numa solenidade que teve a presença histórica de cinco dos oito “Dijon Boys”: o
Tenente-Brigadeiro-do-Ar Ivan Moacyr da Frota; o Coronel-Aviador Jorge
Frederico Bins; o Coronel-Aviador Ivan Von Trompowski Douat Taulois; o
Coronel-Aviador Thomas Anthony Blower e o Coronel-Aviador José Isaías Villaça.
Os outros são: o Major-Aviador Ronald Eduardo Jaeckel e o Major-Aviador Lúcio
Starling de Carvalho. A terceira aeronave está exposta na Vila dos
Sargentos.
KC-390 e os caças Gripen serão incorporados à frota da ALA2
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