Avançar para o conteúdo principal

Projeto propõe punir os “sujões” em Anápolis



  Matéria em tramitação na Câmara Municipal quer penalizar quem descarta papéis; anúncios; invólucros, sobras de alimentos ou, ainda, depositar ou lançar lixo; animais mortos; mobiliário; folhagens; material de poda; terra; lodo de limpeza de fossas ou de sumidouros; óleos; gorduras; graxas; líquido de tinturaria; nata de cal e cimento ou qualquer outro material; sobras de qualquer natureza, ou quaisquer detritos, sobre o leito das vias; passeios; praças; jardins; canteiros; bocas de lobo, ralos ou outros logradouros públicos.
  O Projeto de Lei Complementar, de autoria da vereadora Elinner Rosa (MDB), prevê a aplicação de multas para os infratores. Conforme a proposta, os valores variariam de R$ 100,00 a R$ 500,00 e poderiam ser cobradas em dobro, no caso de reincidência. Os valores propostos, são: R$ 100,00 para volumes pequenos, com tamanho correspondente, ou menor, ao de um vasilhame convencional de alumínio, de 350 ml (mililitros), utilizados para refrigerantes; R$ 250,00 para volumes maiores ao de um vasilhame convencional de alumínio de 350 ml utilizados para refrigerantes e menores que um metro cúbico; R$ 500,00 para volumes maiores que um metro cúbico.
  A fiscalização para o cumprimento da lei, caso ela venha a vigorar, será feita pelos agentes dos órgãos envolvidos na proteção ao Meio Ambiente e na segurança do trânsito, no caso, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Habitação e a Companhia Municipal de Trânsito e Transporte - CMT, conforme regulamentação a ser feita Poder Executivo, num prazo de, até, 60 dias após a publicação da lei.
  No caso de infração por pedestre, o mesmo deverá ser abordado pelos agentes, que devem orientá-lo para que o lixo seja descartado em local adequado. Não cumprindo a determinação do agente, o pedestre será solicitado a fornecer um documento de identificação que conste o número do CPF (Cadastro de Pessoa Física), para que o auto de infração seja lavrado. Se houver negativa do pedestre em fornecer a documentação solicitada, o mesmo deverá ser encaminhado a um distrito policial.
  Consta também no PLC, que a Prefeitura poderá estabelecer parcerias com a iniciativa privada, com o intuito de fomentar a instalação de lixeiras na Cidade.
  Ao justificar o projeto, a vereadora Elinner Rosa destacou que a Constituição Federal garante que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado” e que incumbe ao Poder Público “promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente”.


     Defesa
  A parlamentar observa que, embora a atual Constituição esteja em vigência há mais de três décadas, a responsabilidade socioambiental não estaria “aderida à cultura organizacional da população Anapolina”. Por esse motivo, ela defende que o Município precisa legislar em prol do meio ambiente local, “medida que terá cunho pedagógico, dentro dos parâmetros abordados pelo federalismo cooperativo”. Elinner Rosa aponta, ainda, que os municípios do Rio de Janeiro, São Paulo, João Pessoa (PB) e Curitiba (PR) contam com legislação que prevê multas para pedestres que descartam lixo de modo inadequado. Para virar lei, a proposta precisa passar pelas comissões técnicas. Seguindo ao plenário, deve passar por duas votações. Se aprovado, vai à sanção ou veto do Poder Executivo.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

    Henrique Santillo: o legado de um político que não se esgota   Claudius Brito- Matéria publicada no Jornal/Portal CONTEXTO- Não é exagero dizer que Henrique Santillo foi um dos políticos da melhor envergadura que não só Anápolis e Goiás tiveram, mas o Brasil. Não, apenas, pelo fato de ter ocupado vários cargos públicos, nos níveis municipal, estadual e federal. Mas, sobretudo, pela humildade, o zelo com a coisa pública e com a honestidade, que o marcaram numa trajetória que merece um lugar especial nos livros de história. Até hoje, ainda surge muita coisa do legado deixado por Henrique Santillo, que faleceu no dia 25 de junho de 2002, portanto, há 20 anos. Há poucos dias, uma campanha de resgate à história, realizada pela Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), trouxe à tona uma de muitas ações que marcaram a carreira de Henrique Santillo e que pouca gente conhece. A sua visão e participação num momento importante para Goiás, que foi a divisão do Estado, c...
  Do Líbano para Anápolis, uma viagem na história de Mounir Naoum   Claudius Brito- Especial para o Jornal CONTEXTO- No final da tarde da última terça-feira, 22/03, as portas da conhecida mansão da Avenida Maranhão, no Bairro Jundiaí, foram abertas. Para muitos, impressionou a beleza do lugar, a arquitetura, o verde.   Mas, de fato, a real beleza do lugar estava no lado dentro: um homem sentado num sofá, sorriso aberto e braços estendidos para quem chegasse para cumprimentá-lo. No alto dos seus mais de 90 anos de idade, humilde, lúcido e fraterno, ninguém menos que uma das principais personalidades da história de Anápolis, o empresário Mounir Naoum recebeu familiares, a imprensa e uma verdadeira legião de fervorosos amigos para o lançamento do livro: “Mounir Naoum - Do Líbano ao Centro-Oeste do Brasil”. Uma a uma, as pessoas que chegaram faziam questão de um abraço, uma pose para a foto. Devido às limitações da idade, ele não discursou no evento. Coube a Mou...

A praça era do povo I

Praça das Mães, número 163. Este foi, por algumas décadas, o nosso endereço. Meus pais - Edésio e Consuelo - eu, que lá cheguei ainda bebê, e os irmãos: Rosa, Márcio, Conceição, Alberto, Ailton e José (e, também, o Ismael), dividíamos os cômodos da casa, além da parentada que vinha de longe se hospedar, sobretudo, quando faziam algum tipo de tratamento nos hospitais da cidade. A nossa movimentada casa ficava na esquina de um logradouros que, à época, era considerado um dos principais cartões postais de Anápolis: a Praça das Mães. Um ponto de encontro da garotada, dos casais de namorados, das famílias. Ali, sempre havia alguém de manhã, à tarde ou à noite. Não havia medo. De fato, a praça era do povo! Havia muito espaço na Praça, calçadas de pedras, muita grama, coqueiros e pequenos jardins com muitas margaridas brancas. O gramado era cuidado com esmero por um “vigia” conhecido pelo apelido de “Pára-raio”. Justificava-se este apelido, pela velocidade que ele empreendia quand...