União, estados e municípios estão “surfando” nas ondas das
privatizações para fortalecerem os seus caixas e honrarem compromissos. E,
também, passar à iniciativa privada o que por ela pode ser melhor gerida do que
sob a responsabilidade estatal que, via de regra, tem uma gestão mais lenta e
burocrática e, portanto, menos competitiva. Pelo menos, esta é a tese.
Em Goiás, a privatização do setor energético, até o momento, não
tem correspondido aos anseios da população e, consequentemente se revelado como
um bom negócio. Em 1997, o Estado vendeu a usina de Cachoeira Dourada
(geração), por cerca de US$ 1 bilhão à época. Em 2017, 23 anos depois, vendeu a
Celg-D (distribuição), por aproximadamente R$ 2,1 bilhões, sendo que mais da
metade desse recurso foi para a Eletrobrás, que era a acionista majoritária da
companhia.
Numa conta por alto, o Estado aportou em seus cofres em torno de
R$ 4,8 bilhões com a venda da geração e a distribuição da energia. Contudo, não
foi perceptível o gasto desse volume de recursos. E ficamos sem uma “galinha
dos ovos de ouro”.
Para piorar, em que pese os esforços da Enel, empresa italiana
que arrematou a Celg-D, os investimentos não estão sendo sentidos. Ao
contrário, está havendo uma enxurrada de reclamações. Agora, recentemente, foi
divulgado um ranking em que a Enel em último lugar no ranking de qualidade das
companhias energéticas do País. O que é lamentável.
Pode ser que, futuramente, a multinacional italiana consiga reverter o
quadro. Aliás, é o que a população goiana espera, já que dificilmente, o Estado
teria como retomar a empresa, ou seja, estatizá-la novamente. O que resta, agora,
é cobrar investimentos e melhorias. E que esses investimentos e melhorias
possam chegar mais rapidamente.
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