Será que o Brasil vai, mesmo, aprender com a tragédia de
Brumadinho (MG). Essa era a promessa, logo depois da maior tragédia ambiental
do País, ocorrida em 5 de novembro de 2015, na barragem de Fundão, localizada
no subdistrito de Bento Rodrigues, a 35 km do Município de Mariana, no interior
de Minas Gerais. Neste acidente, o número de mortos foi de 19. Em Brumadinho,
até o fechamento da edição, o número de mortos era de 99 e mais de 250 pessoas
ainda estavam desaparecidas.
Conforme demonstram os números do Sistema Nacional de
Informações sobre Segurança de Barragens, é muito pequeno, em todo o País, o
número de barramentos fiscalizados, em relação aos existentes. O que significa
dizer que outras tragédias poderão, ainda, acontecer. Tomara que não!
O fato é que o País precisa encontrar mecanismos para promover o
crescimento sustentável. A atividade da mineração é importante, mas não pode
ser movida somente pela ótica do lucro. As empresas que atuam neste setor têm caixa
para empregar em tecnologia e recursos humanos, visando tornar a atividade mais
segura, tanto para os seus trabalhadores, quanto para as populações do entorno.
Os órgãos governamentais, por sua vez, devem atuar com mais rigor na
fiscalização e, assim, evitar os desastres. O prejuízo das vidas ceifadas é
incalculável. O prejuízo àqueles que sobreviveram, mas perderam parentes e
amigos e bens materiais, é imensurável. É, também, incalculável os danos para o
meio ambiente nas áreas atingidas.
Se tudo isso for pesado na balança, a conclusão é que temos,
sim, de aprender com Brumadinho e Mariano, mas não apenas no discurso e em
ações paliativas e, às vezes, midiáticas. Mas com medidas enérgicas, efetivas e
duradoras. (Editorial no Jornal Contexto)
Atualizando: o último levantamento informa 186 corpos localizados e identificados e 122 pessoas ainda são dadas como desaparecidas.
Atualizando: o último levantamento informa 186 corpos localizados e identificados e 122 pessoas ainda são dadas como desaparecidas.
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